[ALUNO 03] Lição 09 - O Sacrifício do Redentor



[ALUNO 03] Lição 09 - O Sacrifício do Redentor


A lição dessa semana dos juvenis vai falar sobre os últimos momentos de Jesus Cristo antes da crucificação. 

Você consegue imaginar quantas aflições Ele passou para que nós pudéssemos ser salvos?

Boa leitura!


Tópico 1: A última noite do Redentor

A comunhão com o Pai

Lc 22.39-46: "Jesus saiu e foi, como de costume, ao monte das Oliveiras; e os seus discípulos foram com ele. 
Quando chegou ao lugar escolhido, Jesus disse: Orem pedindo que vocês não sejam tentados. Então se afastou a uma distância de mais ou menos trinta metros. Ajoelhou-se e começou a orar, dizendo: Pai, se queres, afasta de mim este cálice de sofrimento! Porém que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres. 
[Então um anjo do céu apareceu e o animava.Cheio de uma grande aflição, Jesus orava com mais força ainda. O seu suor era como gotas de sangue caindo no chão.] Depois de orar, ele se levantou, voltou para o lugar onde os discípulos estavam e os encontrou dormindo, pois a tristeza deles era muito grande. E disse: Por que vocês estão dormindo? Levantem-se e orem para que não sejam tentados." (NTLH)

Mesmo sendo Deus em forma humana, Jesus Cristo sofreu uma agonia tão grande durante aqueles momentos no Getsêmani que chegou ao ponto de transpirar sangue! 

Sendo onisciente, Ele sabia a importância antecipadamente o quão terrível e doloroso seriam os momentos da crucificação, mas mesmo assim Ele escolheu passar por todo o sofrimento por amor à humanidade.


Uma pergunta interessante a se fazer é: "Como você gostaria de viver os últimos instantes da sua vida?"

Nesse ponto, Jesus nos dá um excelente exemplo: orando a Deus e perto dos amigos. Mesmo sendo um momento muito complicado e de muita tristeza, provavelmente não existe nada melhor do que estar em contato com Deus.


A traição de Judas

Lc 22.3-6,47,48: "Então Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze discípulos. Judas foi falar com os chefes dos sacerdotes e com os oficiais da guarda do Templo para combinar a maneira como ele ia lhes entregar Jesus. Eles ficaram muito contentes e prometeram dar dinheiro a ele. Judas aceitou e começou a procurar uma oportunidade para entregar Jesus a eles, sem que o povo ficasse sabendo.
[...]
Jesus ainda estava falando, quando chegou uma multidão. Judas, um dos doze discípulos, que era quem guiava aquela gente, chegou perto de Jesus para beijá-lo. Mas Jesus disse: Judas, é com um beijo que você trai o Filho do Homem?" (NTLH)

Judas, sendo um dos doze discípulos, vivenciou de perto muitos dos milagres de Jesus e, sem dúvida, ouviu de perto todos os seus ensinamentos.

Então, fica a pergunta: se Judas teve o privilégio de estar próximo de Cristo e ver todas as maravilhas que Jesus fazia, o que passou pela cabeça dele para decidir trair a Jesus?

Infelizmente, assim como Judas, existem muitas pessoas que testemunham muitas maravilhas realizadas por Deus, mas preferem deixá-lo de lado e viver uma vida dissoluta.

A negação de Pedro

Lc 22.31-34: "Jesus continuou: Simão, Simão, escute bem! Satanás já conseguiu licença para pôr vocês à prova. Ele vai peneirar vocês como o lavrador peneira o trigo a fim de separá-lo da palha. Mas eu tenho orado por você, Simão, para que não lhe falte fé. E, quando você voltar para mim, anime os seus irmãos.
Então Pedro disse a Jesus: Estou pronto para ser preso e morrer com o Senhor! Então Jesus afirmou: Eu digo a você, Pedro, que hoje, antes que o galo cante, você dirá três vezes que não me conhece." (NTLH)

Pedro, no auge do seu temperamento, disse que estava pronto para passar o pior com Jesus. 

Mas, quando confrontado, negou conhecer a Jesus. 

Ao ouvir o galo cantar e perceber que Jesus o observava a distância, se lembrou das palavras do seu Mestre e chorou amargamente. Essa deve ser uma das piores sensações que alguém deve sentir: saber que fez algo que não gostaria de ter feito (no caso de Pedro, negar a Jesus) e, logo em seguida, receber o olhar sereno de quem diz "eu não disse que você faria?".



Tópico 2: O julgamento

Lc 22.66-71: "Quando amanheceu, alguns líderes dos judeus, alguns chefes dos sacerdotes e alguns mestres da Lei se reuniram. Depois mandaram levar Jesus diante do Conselho Superior. 
Então lhe disseram: Diga para nós se você é o messias. Ele respondeu: Se eu disser que sim, vocês não vão acreditar. E, se eu fizer uma pergunta, vocês não vão responder. Mas de agora em diante o Filho do Homem se sentará  do lado direito do Deus Todo-Poderoso.

Aí todos perguntaram: Então você é o Filho de Deus? Jesus respondeu: São vocês que estão dizendo isso. E eles disseram: Não precisamos mais de testemunhas. Nós mesmos ouvimos o que ele disse."

Em um período de dezoito horas, Jesus passou por nada menos do que seis audiências diferentes, todas elas com o único objetivo de condenar um homem que eles sabiam que era inocente. Vejamos:


Diante das autoridades judaicas*

A audiência prévia com Anás (Jo 18.12-24): Como o cargo de sumo sacerdote era vitalício, Anás ainda era considerado o sumo sacerdote oficial aos olhos dos judeus, apesar de os romanos terem indicado outro. Assim, a palavra de Anás ainda tinha muito valor para o Sinédrio.

A audiência com Caifás (Mt 26.57-68): Assim como a audiência anterior diante de Anás, esta foi realizada à noite, em segredo. Foi repleta de ilegalidades; uma completa zombaria da justiça:
  1. Mesmo antes de começar o julgamento, já via sido determinado que Jesus deveria morrer (Jo 11.50; Mc 14.1). A presunção de inocência ("inocente até que se prove o contrário") não foi observado.
  2. Falsas testemunhas contra Jesus foram forjadas (Mt 26.59). Geralmente, os líderes religiosos tinham rigorosos critérios de avaliação para examinar a veracidade dos testemunhos, a fim de assegurar a justiça, mas, no caso de Jesus, tais cuidados não foram observados.
  3. Não foi permitida ou providenciada defesa alguma para Jesus (Lc 22.67-71).
  4. O julgamento foi realizado à noite (Mc 14.53-65; 15.1). Isso era ilegal de acordo com as leis judaicas.
  5. O sumo sacerdote colocou Jesus sob juramento, então, incriminou-o pelo que ele mesmo havia dito (Mt 26.63-66).
  6. Casos que envolviam acusações tão graves poderiam ser julgados apenas nos locais habituais de reunião no Sinédrio, e não na residência do sumo sacerdote, como se deu no caso de Jesus (Mc 14.53-65).
O Julgamento perante o Sinédrio (Mt 27.1,2): Logo depois do amanhecer, setenta membros do Sinédrio reuniram-se para ratificar a determinação da audiência prévia, a fim de fazê-la parecer legal. O objetivo desse julgamento não era apurar a verdade, mas justificar a opinião preconceituosa que tinham contra Jesus.

Diante das autoridades romanas*

A primeira audiência de Pilatos (Lc 23.1-5): Os líderes religiosos judeus haviam condenado Jesus à morte, baseando-se em questões religiosas, mas somente o governo romano poderia decretar a pena de morte. Então, tais líderes levaram Jesus a Pilatos, o governador romano, e acusaram o Mestre de traição e rebelião, crimes que eram punidos pelo governo romano com a morte. Pilatos percebeu que Jesus era inocente, mas temeu pelo tumulto causado pelos líderes religiosos.

A audiência com Herodes (Lc 23.6-12): Por Jesus ser da região da Galiléia, Pilatos enviou-o a Herodes Antipas, o governador daquela região. Herodes estava em Jerusalém para a celebração da Páscoa; ansiava para ver Jesus realizar algum milagre, mas Ele permaneceu em silêncio, Herodes nada fez a não ser enviá-lo de volta para Pilatos.

A última audiência de Pilatos (Lc 23.13-25): Pilatos não gostava dos líderes religiosos e não estava interessado em condenar Jesus, porque sabia que Ele era inocente. No entanto, o governador romano sabia que outra revolta em seu distrito poderia custar-lhe o cargo. Primeiro, tentou agradar os líderes religiosos ao açoitar Jesus, um ato legal, mas finalmente desistiu e entregou Jesus para ser crucificado. O interesse de Pilatos por sua posição e bem-estar foi mais forte do que o seu senso de justiça.

(*Fonte: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal)

Tópico 3: O Sacrifício


Lc 23.44-48: "E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;
E rasgou-se ao meio o véu do templo.
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.
E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.
E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos."

Com uma cruz que havia sido projetada para Barrabás, Jesus percorreu todo o caminho para o monte Calvário. 

A crucificação era considerado o pior tipo de pena de morte que se poderia aplicar a alguém. E Jesus, mesmo sendo inocente, foi condenado injustamente depois de seis audiências e levado "como um cordeiro para o matadouro" (Is 53.7). Todo esse sacrifício para que eu e você, hoje, tivéssemos novamente comunhão com Deus.

Gl 3.13: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro"

Ele poderia ter nos condenado, mas em vez disso, Cristo se fez homem e sofreu para pagar pelos nossos pecados. Graças a sua infinita misericórdia, hoje somos salvos e justificados. Glória a Deus!

Conclusão

Os últimos momentos de Cristo foram terríveis. Uma angústia que o fez transpirar sangue, um julgamento injusto e uma condenação cruel não foram suficientes para fazer Jesus desistir de salvar a minha e a sua vida da condenação eterna. Devemos nos lembrar disso todos os dias e agradecer por tudo aquilo que Ele fez (e ainda faz) nas nossas vidas.

***

Espero que você tenha gostado do artigo dessa semana. Se conhecer alguém que possa ser ajudada com ele, não deixe de compartilhar, ok? =)

Eu fico por aqui, até a próxima semana!

A Paz do Senhor!!!

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